Cuidar não é tarefa fácil, nem mesmo quando o fazemos por desejo ou opção, pois cuidar é permanecer em um estado de atenção permanente, e longos períodos neste estado de tensão podem ser geradores de stress e doenças.
Podemos imaginar que cuidar de um filho, um irmão um pai não é um trabalho e sim um prazer, porem se este ente querido adoece necessitando de maiores cuidados, tempo e dedicação, aumenta nossa tensão, e por um período permanecemos focados e atentos e após o restabelecimento, voltamos a nossa tensão natural.
Mas o que fazer quando escolhemos para nossas vidas o trabalho de cuidar?
Cada um pode e até mesmo deve em algum momento se perguntar o porquê e o para que de suas escolhas, pois alem de lidar com as questões do dia a dia, com as rotinas, temos de conviver com pressões, medos, ansiedades e frustrações freqüentes, que são inerentes ao trabalho de cuidar.
Para cuidar precisamos ter condições mínimas de saúde para oferecer para o outro algo que facilite a vida e traga mais conforto no dia a dia. Não falo só de saúde física, mas também de saúde mental, pois um cuidador que sofre de dores de cabeça freqüente ou dores nas costas terá dificuldade em oferecer atenção e cuidados a outra pessoa. Da mesma maneira uma pessoa depressiva, insone, ou ansiosa demais poderá encontrar barreiras significativas para desenvolver suas atividades.
Pensar em cuidar do cuidador é poder oferecer àquele que cuida instrumentos técnicos, teóricos, físicos e emocionais para desenvolver suas atividades de forma segura e eficiente. Instrumentalizar, apoiar e acolher o cuidador, é oferecer a pessoa que esta sendo cuidada a possibilidade de receber atendimento digno, respeitoso e responsável assegurando ter suas necessidades atendidas.
Ao cuidador cabe buscar recursos de formação continua, ( grupos de estudo, cursos, leituras, discussão de casos), espaços de lazer, convivência familiar e com amigos, ócio, etc....
Só podemos oferecer ao outro aquilo que podemos oferecer para nós mesmos, sendo assim só poderemos ser bons cuidadores, se pudermos buscar e receber cuidados, criando assim um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento para todos os atores envolvidos.
Retirado do site: http://www.apaesp.org.br/todospelosdireitos/cuidando.html
Movimento Social sem fronteiras, constituído por pais, mães e profissionais de várias instituições, com o objetivo de defender os direitos das pessoas com autismo e de seus familiares.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
O Filho Idealizado e o Ideal Social – Do Luto à Luta ( Por Fausta Cristina)
Durante nove meses, dia após dia, a gestante sonha, respira e se alimenta de esperança. Uma nova vida se inicia e o filho que está sendo gerado, na grande maioria das vezes, é sinônimo de expectativa e projeto de uma pessoa bem-sucedida e feliz.
Nenhuma mãe concebe a ideia de que está gerando alguém que um dia será um viciado ou um marginal, ninguém deseja uma criança que apresente problemas de saúde, ou de caráter. No imaginário da mãe está o filho médico, artista, engenheiro, poliglota, aquele que vai se destacar pela inteligência acima da média, pela doçura, pela educação. Seu companheiro ou companheira, fonte de alegrias e orgulho.
Nesta época em que a mulher é toda emoção e a vida esperança, a notícia de que aquele sonho sonhado não irá se concretizar pode representar a abertura de um abismo escuro e a dor de abandonar o filho idealizado precisa ser compreendida em toda a sua dimensão. Os pais precisam de apoio neste momento para que possam se reestruturar internamente e seguir na semeadura do terreno de um futuro melhor para aquela criança.
O racional vai indicar o caminho, afinal quem pode garantir o futuro de alguém? Um filho pode mesmo ser capaz de satisfazer desejos que não são seus? É justo que uma criança já venha ao mundo tendo como obrigação a impossível tarefa que é fazer outra pessoa feliz? Se todo ser humano tem problemas e desafios a serem superados, uma criança com autismo, com deficiência, síndromes ou dificuldades terá também os seus.
Nesta fase, torna-se possível enxergar o horizonte para além do obstáculo e os pais mais uma vez se alimentam de esperança e iniciam a jornada da superação. É comum que estudem, leiam, se informem e se tornem verdadeiros especialistas da problemática que enfrentam. E para alguns destes obstinados pais, é necessário dar um passo a mais e dividir o que aprendem, democratizar o que conquistam para seus filhos, é preciso compartilhar.
E surgem as Associações de Pais, carregando também seus desafios. Reúnem-se pessoas traçando objetivos e missões, lutam pela obtenção de recursos, pela formalização e administração da entidade jurídica e as poucas horas destinadas antes ao descanso são empregadas nesta nova empreitada. O trabalho voluntário destes familiares, fomenta pesquisas, pressiona o poder público a implementar leis e atendimento, conquista reconhecimento e espaço na sociedade para a pessoa com deficiência.
Tenho tido a honra de conviver com pais que dão de si para mais que o bem-estar do próprio filho. Se dão assim, além da conta e de forma extraordinária, superam a dor e ampliam o próprio campo de batalha (ou plantio), corajosamente expõem suas vidas ainda mais a problemas de toda ordem. Não são simplesmente a borboleta vencendo a escuridão do casulo, são pássaros plenos de vontade de voar com asas fortes e uma determinação imbatível.
A todos eles, o meu afeto e minha gratidão por fazerem surgir em mim um sentimento de inexplicável dimensão: o orgulho de ser humano! Capaz de absorver, processar, superar e transformar dor em ação. Pela capacidade de compartilhar e de tornarem possível a mudança de um paradigma social baseado na exclusão.
Juntos, somos mais fortes!
domingo, 14 de agosto de 2011
Convênio amplia transporte para alunos com autismo e deficiência em SP
Secretaria da Educação pretende atender 1,8 mil crianças até o fim de 2012
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo assinou convênio com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) que prevê a ampliação do serviço de transporte de alunos com autismo e deficiência locomotora matriculados em escolas estaduais na capital e na Grande São Paulo. A iniciativa representa um investimento de R$ 25 milhões e atenderá a estudantes assistidos pela Associação de Amigos do Autista (AMA) e pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), além dos que cursam o ensino regular.
Hoje o serviço conta com uma frota de 65 veículos, dos quais 39 adaptados, e atende a 415 usuários, entre alunos e acompanhantes. A ampliação será gradual. Já neste mês de agosto, o serviço deverá contar com 106 veículos, sendo 83 adaptados, com capacidade total de 995 vagas. Ao final do primeiro semestre de 2012, a previsão é chegar a 184 vans e micro-ônibus para o atendimento a até 1,8 mil passageiros.
As novas vagas serão preenchidas prioritariamente por alunos indicados pelas Diretorias de Ensino. As escolas ou instituições devem encaminhar à respectiva Diretoria de Ensino a solicitação para o transporte destinado a esses estudantes.
O Serviço Especial Conveniado (Ligado) realiza deslocamentos expressos do tipo “porta a porta”. Crianças e adolescentes com deficiência mental, física ou mobilidade reduzida severa são transportados gratuitamente de suas casas até as escolas da rede estadual de ensino e a instituições como a AACD e a AMA, na Grande São Paulo.
Mercadante: brilhante pesquisador de autismo que jamais será esquecido
Determinado, persistente, gênio, mestre, generoso, humano, humilde, cativante, herói. Brilhante.
Difícil de acreditar que todas essas palavras fizessem parte de um só ser. Mas refletem nada além do real e são apenas um mínimo resumo do homem que certamente deixará muitas saudades nas muitas vidas que tocou. Prof. Dr. Marcos Tomanik Mercadante - Mercadante, como geralmente era chamado por seus inúmeros aprendizes -, morreu aos 51 anos, no último 2 de julho, após uma persistente batalha de um ano contra um câncer de pâncreas.
Porém, mesmo já doente, conseguiu realizar um sonho que reflete sua mais recente conquista: idealizou e criou em 2010 a ONG Autismo & Realidade, da qual era presidente do Conselho Consultivo. Seu objetivo era difundir os conhecimentos mais atualizados sobre o espectro autista, principalmente para pais, além de apoiar estudos científicos na área.
Desde o início, seu histórico acadêmico e profissional traçara um brilhante caminho: graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), doutorado em Psiquiatria pela USP e pós-doutorado na Universidade de Yale (EUA), da qual continuava colaborador. No retorno ao Brasil decidiu dedicar-se à investigação das raízes biológicas do autismo. Em 2010, foi ganhador do prêmio "Prof. Zaldo Rocha", da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Sua última função foi como professor e doutor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador principal do primeiro Estudo Epidemiológico de Saúde Mental do Escolar Brasileiro do INPD – Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento.
Sem dúvida alguma, foi com seu jeito único de ser que Mercadante marcou de maneira permanente a história do autismo no Brasil. Um dos principais especialistas e pesquisadores sobre o transtorno no país, além de uma das mais brilhantes mentes já conhecidas, ele colocava em evidência sua paixão pela ciência em todos campos de sua vida, sempre com um artigo nas mãos para ler, como dizia seus três filhos – Júlia, 25, Mariana, 22, e João, 13. Foi autor do primeiro estudo de prevalência de autismo na América Latina, realizado com amostragem na cidade de Atibaia, SP, publicado em fevereiro deste ano.
Em 2006 co-fundou a Upia, Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Unifesp-SP, importante centro de ensino, pesquisa e assistência às crianças e adolescentes acometidos ou em risco de desenvolverem transtornos mentais, onde mais de 500 crianças e adolescentes são atendidos por mês. São seis ambulatórios: ambulatório de transtornos do humor; ambulatório geral; ambulatório de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC); ambulatório de transtornos externalizantes, ambulatório de transtornos psicóticos e ambulatório de cognição social, sendo este último sua declarada paixão.
Seu objetivo era multiplicar conhecimento, discutir suspeitas diagnósticas, pensar alto suas incríveis hipóteses (muitas vezes ele mesmo se dizia inspirado no personagem Dr. House da série House) – geniais e quase impossíveis ao mesmo tempo – sobre possíveis causas do autismo, e, por mais improvável que pareça, aprender. Sua humildade era transparente, sempre disposto a assumir que “bobeou”, como dizia, por algum pensamento “errado” que poderia ter tido. Esse traço tão belo de sua existência é um dos muitos que o tornara singular. “Quanto mais aprendemos, mais vemos que sabemos quase nada, não é?”, muitas vezes dissera abismado e pensativo para sua orgulhosa equipe formada por psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, psicopedagogas, entre outros.
Seu maior sonho era descobrir a causa do autismo. No entanto, enquanto este caminho ainda lhe parecesse tão distante, Mercadante certamente não imaginara que durante sua persistente trajetória, tornara o grande sonho de tantas famílias, profissionais e aprendizes tentar aprender a seguir algo meramente similar aos seus passos brilhantemente inconfundíveis.
escrito por : Isabela Fortes - Jornal do Brasil
Antidepressivo na gravidez pode aumentar risco de autismo em crianças
Estudo nos EUA com 1500 crianças sugere ligação entre medicamento e distúrbio
fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=32484
De acordo com um estudo realizado por cientistas do Kaiser Permanente Medical Center, na Califórnia, a exposição a certos antidepressivos durante ou até um ano antes da gravidez pode aumentar o risco de a criança ter autismo. A pesquisa foi realizada com 298 crianças com autismo e suas mães, junto a 1.507 crianças saudáveis e suas respectivas genitoras.
Segundo os cientistas, a prevalência de transtornos relacionados ao autismo tem aumentado nos últimos anos, assim como o uso de medicamentos antidepressivos durante a gravidez, provocando uma preocupação de que a exposição pré-natal possa contribuir para aumento do risco de autismo.
Vinte mães de crianças no grupo de casos de autismo (6,7%) e 50 mães de crianças do grupo controle (3,3%) apresentaram pelo menos uma prescrição para um antidepressivo no ano anterior ao nascimento da criança. Após estudarem os casos, o estudo constatou que as mães de crianças com autismo tinham duas vezes mais probabilidade de ter pelo menos uma prescrição de antidepressivo no ano anterior ao parto.
Embora o número de crianças autistas expostas às condições selecionadas na pesquisa tenha sido baixa, os resultados sugerem que a exposição, especialmente durante o primeiro trimestre, pode aumentar modestamente o risco de autismo. Mas eles ressaltam que os resultados ainda são preliminares.
fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=32484
domingo, 7 de agosto de 2011
Síndrome de Asperger afeta mais homens
Entre as dificuldades apontadas por pais de portadores da doença, estão o difícil diagnóstico e o preconceito no ambiente escolar
A dificuldade de interação social, o interesse por assuntos específicos e comportamentos repetitivos são alguns sintomas da pouco conhecida Síndrome de Asperger. A doença, que faz parte dos Transtornos do Espectro do Autismo, afeta muito mais homens que mulheres. Especialista da área da educação e mães citam a dificuldade de diagnóstico e o preconceito, principalmente no ambiente escolar, como as maiores dificuldades enfrentadas pelo portador da doença e familiares.
O médico neurologista da infância e adolescência e professor do curso de pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, José Salomão Schwartzman, explica que a Síndrome de Asperger é causada por fatores genéticos e ambientais. "Não é incomum encontrarmos mais de um caso na mesma família", afirma o médico, em entrevista concedida por email ao JL. A doença afeta muito mais homens, na proporção de nove para cada mulher.
Apesar de fazer parte dos Transtornos do Espectro do Autismo, os doentes não apresentam deficiência intelectual. Por outro lado, possuem dificuldades de interação social e apresentam foco de interesse restrito, como em marcas e modelos de automóveis e história antiga, por exemplo. "Pela presença destas habilidades, às vezes extraordinárias, frequentemente são considerados superdotados", diz o neurologista. Os portadores da síndrome já nascem com a doença e, apesar de haver tratamento e possibilidade de melhora significativa do quadro, não há cura completa.
A professora Zuleika Aparecida Claro, de 40 anos, e mãe do Vitor, de 15, conta que desde os primeiros meses de vida do filho, percebeu que ele era diferente das outras crianças. Os sintomas chamaram mais a atenção dos pais quando ele foi para a escola, aos três anos. "Ele se isolava, tinha interesses diferentes". Daí, até o diagnóstico se passaram seis anos. "Perdi as contas de quantas escolas o Vitor passou", lembra. Zuleika conta que o filho sofria muito preconceito, inclusive dos professores.
Com o laudo médico em mãos, os pais foram reivindicar junto ao Núcleo Regional de Educação um professor de apoio em sala de aula. Vitor foi o primeiro aluno da rede estadual de Londrina a ter esse direito garantido. Quem o acompanha é a professora da Educação Especial, com formação em Psicologia, Angela Maria Piassa, da Unopar. Ela diz que esse trabalho é realizado na cidade desde 2009 e o atendimento aos portadores da Síndrome de Asperger é amparado por uma lei federal. Segundo Angela, existe uma grande dificuldade de diagnóstico médico na região de Londrina e, sem isso, o aluno não pode ter acesso ao atendimento especial.
Núcleo oferece atividades que promovem a socialização
Além de acompanhar o aluno em sala, com o objetivo de fazer a ponte entre ele e os colegas e professores, o Núcleo Regional de Educação também oferece algumas atividades na Sala de Recursos de Transtornos Globais de Desenvolvimento, que fica no Colégio Estadual Machado de Assis. Duas vezes por semana, fora do horário de aula, esses alunos contam com o apoio de professores especializados que trabalham a socialização, dificuldades do dia a dia, e oferecem estratégias de como se relacionar em cada ambiente.
Professores não sabem lidar com a doença, diz mãe
O interesse do filho da autônoma Caroline da Rosa Conceição Nascimento, de 29 anos, se restringe a filmes, videogames e computador. Para a mãe, além das dificuldades de diagnóstico médico, os problemas se estendem na área da educação. "Os professores não estão acostumados com essas crianças, não sabem como trabalhar com elas", justifica. Emanuel, de 13 anos, sempre foi mal na escola, mas as notas baixas nunca impediram que ele fosse aprovado de ano. "Eles são empurrados pela escola até onde dá".
Caroline descreve o filho como um menino calmo, quieto e muito franco. Ela diz que o filho sofreu muito bullying no ambiente escolar, reclamava muito e não conseguia se adaptar. "Achei que ele estava depressivo". Só depois do diagnóstico e do acompanhamento de um professor em sala de aula, Emanuel começou a melhorar as notas na escola. A professora de apoio Angela Piassa, diz que o acompanhamento se dá enquanto o aluno tiver necessidade. "É um trabalho apaixonante", resume.
Muito Especial insere primeira pessoa com autismo no mercado de trabalho na Paraíba
André Felinto, autista, 22 anos, conseguiu primeiro emprego
fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=32409
A primeira pessoa com autismo acaba de ser inserida no mercado de trabalho na Paraíba. Através do projeto Inclusão Digital e Produtiva de Pessoas com e sem Deficiência de João Pessoa. André Felinto, autista, 22 anos, assim que se matriculou no curso de capacitação externou à equipe de coordenação do projeto, que seu maior sonho era conseguir primeiro emprego.
Segundo, Eliná Felinto, mãe do aluno, mesmo sendo autista, conseguiu completar o ensino médio. Devido à grande oportunidade que o Instituto está proporcionando, André também terá a chance de ter uma profissão e ser incluído na sociedade. “Ele, sempre foi muito inteligente, mas as características do autismo sempre interferiram no seu relacionamento com as pessoas”, comenta Eliná.
Matriculado nos cursos de Auxiliar Administrativo e Informática, esse paraibano morador do bairro de Bancários, localizado a 17 quilômetros do curso, desde muito cedo convive com as adversidades. Além do autismo, possui deficiência física e caminha com dificuldades. André sabe que a capacitação pode abrir portas, por isso não perdeu a oportunidade de participar do projeto. “Eu acreditava que os cursos iriam me dar melhores condições de entrar no mercado de trabalho”, afirma.
De acordo com o assistente administrativo do Carrefour, Suênia Soares, a empresa atualmente conta com 305 funcionários e mantém uma política de inclusão de pessoas com deficiência, contratando sempre acima dos 2% estipulados pela Lei de Cotas. “A loja emprega pessoas com deficiência há mais de cinco anos e os trata como qualquer funcionário, sem fazer distinção. Trabalhar com uma pessoa com autismo, será um desafio satisfatório para nossa equipe”, ressalta.
Assim como André, os alunos Claudio José de Lima e Érica Nogueira de Sousa, ambos com deficiência intelectual, também foram contratados pela rede de supermercados Carrefour, estabelecendo uma parceria de sucesso.
Até o final deste ano, a iniciativa capacitará cerca de 1000 pessoas na Paraíba, sendo 400 em Campina Grande e 600 em João Pessoa. O projeto é uma iniciativa do Instituto Muito Especial, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e o FIEP-Senai e pretende melhorar a formação profissional, difundir o conceito de inclusão social, tecnologia assistiva, e o conceito de legislação relacionada à pessoa com deficiência.
fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=32409
quarta-feira, 27 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
São Paulo terá de fornecer transporte especializado para pessoas com autismo
O estado de São Paulo vai ser obrigado a fornecer transporte especializado para pessoas com autismo no trajeto entre a residência e o local onde recebem tratamento. A decisão liminar foi obtida esta semana pela Defensoria Pública de São Paulo.
- A pessoa com autismo tem dificuldade de ficar aglomerada ou com muitas pessoas. Elas também podem ter comportamentos que, muitas vezes, não são compreendidos pelas pessoas. E esses comportamentos podem ser aflorados em situação de grande aglomeração, como no metrô e no ônibus - disse a defensora pública Renata Tibyriçá.
A defensora disse, em entrevista à Agência Brasil, que decidiu entrar com uma ação civil pública na Justiça após mães de filhos com autismo relatarem a deficiência na prestação de serviço oferecido principalmente por uma das várias entidades conveniadas ao estado de São Paulo instalada na zona leste da capital paulista.
A entidade, segundo Renata Tibyriçá, atendia 42 pessoas com autismo e apresentava várias deficiências, entre elas, o fato de não separar os pacientes por faixa etária.
- O tratamento para uma pessoa com autismo deve ser individualizado ou em grupos que tenham a mesma necessidade - disse.
Em sua decisão, o juiz Henrique Rodriguero Clavisio, da 10ª Vara da Fazenda Pública, declarou ser obrigação do Estado a elaboração de políticas públicas que atendam às necessidades específicas das pessoas com deficiência.
- Deve o Estado, além de garantir o acesso à saúde e à educação, também o oferecimento de transporte especial para pessoas portadoras de necessidades especiais - disse o juiz.
Para a defensora, a decisão liminar da Justiça é um passo importante para que o Estado possa começar a pensar em adotar políticas públicas voltadas para os autistas.
- Com essa decisão, podemos esperar dias melhores para as pessoas com autismo. Podemos esperar que se comece a olhar e a se pensar na importância de garantir um atendimento adequado a essas pessoas - declarou. Segundo ela, há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil, sendo 100 mil só na cidade de São Paulo.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Poema dia do Orgulho autista/2011
Por quê?
Buscar horas
Perdidas
No relógio do tempo
A beleza
Da semente
Que germinou
Nem perfeita
Nem imperfeita
“Diferente”
Mas se colocada
Em terra árida
Perder-se-á
Em dores atrozes
Não quero
Mudar essa semente
Não posso
Transformá-la
Num remendo de flor
Nem rosa nem cravo
Mas que pode florir
Meio para direita
Meio para esquerda
Com nuanças perspicazes.
Posso ver essa semente
Orgulhosamente
Crescer
Num pomar de amor
Sonho de poeta.
Posso vê-la num jardim
Repleto de flores
“Diferentes”
Mas amadas
E quem abrir o coração
Poderá sentir.
O perfume da divindade
O cheiro de anjo.
E sentirá a paz
Do amor incondicional
De uma mãe flor
Mas por favor mundo
Não despetale
A esperança dessa causa.
Nem arranque da terra
Essa semente diferente
Regue-a até ela florir.
Tenho orgulho
Da flor que se tornou
Minha semente
Sua necessidade de amor
Mesmo não entendendo
O efeito ou causa de tudo
A felicidade
É tão frágil
São minutos
Que podem fugir
Mas orgulho-me
De cavar até a exaustão
O chão do seu coração menino.
E lá encontrar
Os sentimentos, mais sutis.
Escondidos
E temerosos
Trazê-los à tona.
E colocá-los
A salvo no jardim
Da minha vida!
Amo-te meu filho autista.
Orgulho-me de ti...
Que o planeta aprenda
A sentir orgulho de ti também!
Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista
quarta-feira, 22 de junho de 2011
PLS nº168/11 é aprovada no Senado
O Plenário aprovou nesta quarta-feira (15) o Projeto de Lei do Senado (PLS)
168/11 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
Autista. O projeto estabelece os direitos fundamentais da pessoa autista e
equipara o portador desse distúrbio à pessoa com deficiência, além de criar um
cadastro único dos autistas, com a finalidade de produzir estatísticas nacionais
sobre o problema. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
A política de proteção deverá articular, conforme o projeto, os organismos e
serviços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios nas áreas
de saúde, educação, assistência social, trabalho, transporte e habitação, com
vistas à coordenação de políticas e ações assistenciais.
O senador Paulo Paim (PT-RS) saudou a aprovação do projeto e lembrou que será
realizada sessão de homenagem aos autistas no próximo dia 27. Paim é presidente
da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), autora da
proposta, e foi seu relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O texto tem
como base sugestão da Associação em Defesa do Autista (Adefa).
- Agradeço em nome dos autistas pela aprovação do projeto que interessa tanto a
todos os familiares e, enfim, aos autistas.
Em seu parecer favorável ao PLS 168/11 na CAS, o senador Paulo Paim (PT-RS)
explica que o texto "define a pessoa com transtorno do espectro autista com base
em características clínicas da síndrome e a equipara à pessoa com deficiência,
para todos os efeitos legais".
O projeto prevê ainda direitos dos autistas, como proteção contra exploração e
acesso a serviços de saúde e de educação, ao mercado de trabalho, à moradia e à
assistência social. Também estende o direito a jornada especial a servidor
público que tenha sob seus cuidados cônjuge, filho ou dependente autista.
No debate da proposta, Paim lembrou que o assunto foi discutido em diversas
audiências públicas no Senado. Ressaltou ainda que a política possibilitará a
articulação de ações governamentais voltadas à proteção de pessoas com
transtorno de espectro autista.
Mensagem retirada do site do Senado Federal
Câmara de São Paulo aprova projeto que prevê assistência aos portadores de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento – autismo
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na sessão extraordinária de quarta-feira (15.06.11), em segunda votação, Projeto de Lei de autoria de Antonio Carlos Rodriues, que prevê assistência aos portadores de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, mais conhecido como Autismo. Agora o projeto será encaminhado ao Executivo para sanção.
Meu projeto propõe abertura de vagas em instituições públicas municipais de saúde para todos que necessitarem de tratamento, seja com fisioterapia, fonoaudiologia e psicopedagogia, além de acompanhamento terapêutico individual, de acordo com as necessidades do paciente.
O autismo é um transtorno que atinge áreas do desenvolvimento do indivíduo. Ele altera a capacidade de comunicação, socialização e de comportamento da pessoa.
Segundo a Associação Americana de Autismo, essas alterações são facilmente percebidas antes dos três anos de idade. O autismo atinge cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino.
É global, presente em todas as classes sociais e raças. Em 2 de abril de 2010, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que o autismo afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.
De acordo com o Dr. Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Autismo no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, só na Grande São Paulo, existe cerca de 100 mil autistas.
O Autismo é um transtorno permanente, até o presente momento. Mesmo assim, os indivíduos têm uma expectativa de vida igual à de outras pessoas.
Tenho a preocupação de aumentar e melhorar o tratamento dessas pessoas na cidade, já que nem um por cento dos portadores é atendido pelo Poder Público.
É muito importante ter um cuidado especial com as diferentes características dos portadores deste transtorno que, mesmo sendo tão comum na população, não tem a devida atenção do Poder Público.
http://www.antoniocarlosrodrigues.blog.br/camara-aprova-projeto-que-preve-assistencia-aos-portadores-de-transtorno-invasivo-do-desenvolvimento-%e2%80%93-autismo/
http://www.antoniocarlosrodrigues.blog.br/camara-aprova-projeto-que-preve-assistencia-aos-portadores-de-transtorno-invasivo-do-desenvolvimento-%e2%80%93-autismo/
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Frequência do autismo é subestimada, segundo estudo sul-coreano
A frequência do autismo é subestimada, revela um estudo realizado na Coreia do Sul e publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, baseado, pela primeira vez, em mostra representativa do conjunto da população infantil escolarizada de um país.
Segundo a pesquisa, uma criança em cada 38 sofre desse fenômeno patológico na Coreia do Sul. Nos Estados Unidos, a taxa estimada é de uma criança em 110. O estudo sul-coreano, publicado no site do "American Journal of Psychiatry", foi realizado por uma equipe internacional de cientistas americanos, canadenses e sul-coreanos. Foram estudadas 55.000 crianças de entre 7 e 12 anos.
"Os resultados fazem pensar que o autismo está subdiagnosticado e que uma detecção rigorosa, assim como estudos baseados em grandes mostras de população poderiam ser necessários para se obter estimativas mais exatas da frequência disso no desenvolvimento", destaca a médica Geraldine Dawson, da organização Autism Speak que financiou parte da pesquisa.
A divergência entre os especialistas sobre as causas e a frequência do autismo se explica pela variação de critérios para estabelecer o diagnóstico, e também porque os estudos epidemiológicos são incompletos, conclui o médico Young-Shin Kim, do Centro de investigação sobre a Criança, da Universidade de Yale. O autismo é uma patologia, produto de anomalia neurológica durante o período de desenvolvimento do cérebro, com origem não determinada.
O cérebro no Autismo
Alterações no córtex temporal podem causar prejuízo na percepção de informações importantes para a interação social.
Mamãe, mamãe, descobri que o Capitão Gancho é bonzinho. Ele falou ‘Eu vou cuidar muito bem de você!’”, anunciou o garoto durante a consulta, interrompendo a conversa da mãe com o médico. E repetiu mais duas ou três vezes a descoberta que fizera ao assistir ao filme sobre Peter Pan, para em seguida retomar o silêncio habitual e voltar a agitar as mãos para cima e para baixo como se quisesse desprendê-las dos braços.
leia reportagem na íntegra no site: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4432&bd=1&pg=1
Mamãe, mamãe, descobri que o Capitão Gancho é bonzinho. Ele falou ‘Eu vou cuidar muito bem de você!’”, anunciou o garoto durante a consulta, interrompendo a conversa da mãe com o médico. E repetiu mais duas ou três vezes a descoberta que fizera ao assistir ao filme sobre Peter Pan, para em seguida retomar o silêncio habitual e voltar a agitar as mãos para cima e para baixo como se quisesse desprendê-las dos braços.
leia reportagem na íntegra no site: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4432&bd=1&pg=1
Prefeito de São Paulo veta a PL 280/09
O prefeito de São Paulo, destina em isenção de impostos mais de R$ 240.000.000,00 para a construção de um estádio e veta, talvez para "CONTER DESPESAS" a plena formação de uma criança autista...
Quem deveria ser a prioridade de sua gestão?
Quem puder ver o link e mais importante quem puder assinar o abaixo assinado e fazer pressão em cima do seu vereador/liderança noa ajudará.
Reportagem completa no site: http://www.jamilmurad.com.br/site/component/content/article/21-primeira/364-cobertura-deb-educ.htmlAjude a derrubar o veto ao PL 280/09 abaixo-assinado.
terça-feira, 14 de junho de 2011
CCJ aprova renda mínima para autistas e deficientes
Jutahy Junior apresentou parecer favorável à proposta.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou no dia 19 de maio, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 528/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que dispensa pessoas com deficiência intelectual, com autismo ou com deficiência múltipla da comprovação de renda familiar mínima para ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas). O BPC-Loas é pago mensalmente e corresponde ao valor de um salário mínimo.
O relator da PEC, deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), apresentou parecer pela constitucionalidade e juridicidade da matéria. Ele destacou que a proposta tem altíssima relevância social por garantir que todas as pessoas com deficiência e autistas tenham acesso a uma renda mínima, nos moldes do que ocorre hoje com o BPC-Loas.
Pelas regras atuais, para ter direito ao BPC, os portadores de deficiência precisam comprovar renda mensal familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo. A exigência é a mesma para idosos. Pela Lei 8.742/93, que estabelece os critérios para concessão do benefício, o interessado também deve comprovar incapacidade para o trabalho.
Tramitação
A proposta seguirá para uma comissão especial, a ser criada especificamente para analisá-la, e depois será votada pelo Plenário.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli
Participação do MPA na 3ª Caminhada para conscientização do Autismo em Sorocaba.
No dia 17 de abril de 2011 o Movimento Pró Autista SP marcou presença na 3ª Caminhada para conscientização do Autismo em Sorocaba.
Em comemoração ao Dia Internacional do Autismo, a AMAS – Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba, realizou a 3ª caminhada para conscientização do autismo.
O evento foi realizado na pista de caminhada do Parque Campolim e contou com mais de 300 participantes, entre estes, muitos autistas acompanhados por seus pais e familiares, profissionais da AMAS, simpatizantes pela causa, patrocinadores e autoridades locais.
Neste ano a caminhada trouxe as cores verde e vermelho. A primeira representa a esperança de encontrar a cura para a doença, hoje inexistente. Já o vermelho significa o amor que a instituição tem pela causa.
O Movimento Pró Autista parabeniza a AMAS pela organização do evento e agradece pelo apoio ao movimento na divulgação da 1ª Edição (Março 2011) da Cartilha “Direitos das Pessoas com Autismo”, elaborada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e Movimento Pró Autista.
Em comemoração ao Dia Internacional do Autismo, a AMAS – Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba, realizou a 3ª caminhada para conscientização do autismo.
O evento foi realizado na pista de caminhada do Parque Campolim e contou com mais de 300 participantes, entre estes, muitos autistas acompanhados por seus pais e familiares, profissionais da AMAS, simpatizantes pela causa, patrocinadores e autoridades locais.
Neste ano a caminhada trouxe as cores verde e vermelho. A primeira representa a esperança de encontrar a cura para a doença, hoje inexistente. Já o vermelho significa o amor que a instituição tem pela causa.
O Movimento Pró Autista parabeniza a AMAS pela organização do evento e agradece pelo apoio ao movimento na divulgação da 1ª Edição (Março 2011) da Cartilha “Direitos das Pessoas com Autismo”, elaborada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e Movimento Pró Autista.
Saiba mais sobre a história do autismo no mundo
O primeiro registro científico do termo 'autista' na literatura psiquiátrica aconteceu em 1906, nos estudos de Plouller. Mas foi só em 1911 que o termo ficou mais difundido, com a publicação de registros do psiquiatra suíço Eugen Bleuler sobre quadros de esquizofrenia.
Em 1943, com os avanços dos estudos sobre a mente humana, o psiquiatra americano Leo Kanner também usou o termo para descrever um grupo de onze casos clínicos de crianças na sua publicação intitulada 'Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo' ('Autistic Disturbances of Affective Contact').
As crianças investigadas por Kanner apresentavam um quadro de extremo isolamento e a inabilidade para se relacionar com outras pessoas, além de falhas no uso da linguagem para a comunicação e desejo obsessivo ansioso para a manutenção da 'mesmice'.
Segundo Kanner, o autismo era causado por pais altamente intelectualizados, pessoas emocionalmente frias e com pouco interesse nas relações humanas da criança, mas esta suposição não se mostrou verdadeira no futuro. Com a evolução das pesquisas científicas, concluiu-se que o autismo não é um distúrbio do contato afetivo, mas sim um distúrbio do desenvolvimento.
Em 1944, o pediatra austríaco Hans Asperger, em Viena, descreveu crianças que tinham dificuldades de integrar-se socialmente em grupos, denominando esta condição de 'Psicopatia Autística'. As crianças estudadas por Asperger eram parecidas com as descritas por Kanner, porém mantinham a linguagem bem preservada e pareciam mais inteligentes. O pediatra austríaco acreditava que elas eram diferentes das crianças com autismo, na medida em que não eram tão perturbadas, demonstravam capacidades especiais, desenvolviam fala altamente gramatical em idade precoce e não apresentavam sintomas antes do terceiro ano de vida.
A publicação científica de Kanner logo ficou conhecida, mas o artigo de Asperger, que foi escrito em alemão, só foi transcrito para o inglês em 1981. Foi nessa época que se estabeleceu a diferença entre o autismo e o transtorno de Asperger.
O transtorno de Asperger diferencia-se do autismo essencialmente pelo fato de que não é acompanhado por dificuldade na linguagem ou no desenvolvimento cognitivo. Portanto, a diferença fundamental entre um indivíduo com autismo e um indivíduo com transtorno de Asperger é que o indivíduo com autismo possui um QI executivo maior que o verbal e apresenta um atraso na aquisição da linguagem. Na prática clínica, a distinção faz pouca diferença, porque o tratamento e as intervenções dirigidas aos dois casos são semelhantes.
Em 1976, Lorna Wing, uma médica psiquiatra inglesa, relatou que indivíduos com autismo apresentam déficits específicos em três áreas: imaginação, socialização e comunicação, o que ficou conhecido como "Tríade de Wing". Ficou estabelecido, portanto, que o autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
texto: publicado no site da MTV
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Cartilha dos Direitos das Pessoas com Autismo
O MPA, teve o privilégio de participar da elaboração da cartilha dos Direitos das Pessoas com Autismo.
Agradecemos a Defensoria Pública do Estado de São Paulo pela iniciativa!!
Agradecemos a Defensoria Pública do Estado de São Paulo pela iniciativa!!
Para visualiza a cartilha:
http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf
http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasAutismo_Leitura.pdf
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