"Em defesa dos direitos das pessoas com autismo"

domingo, 30 de dezembro de 2012

Psicóloga de programa do Faustão divulga esclarecimento no Facebook

 

  Do UOL
Em São Paulo

 
Um comentário feito pela psicóloga Elizabeth Monteiro no programa do Faustão, na TV Globo, gerou indignação em mães de autistas e especialistas no último domingo (16). Ao falar sobre o caso do jovem que matou adultos e crianças em uma escola de Connecticut, nos EUA, conceitos de psicopatia e da síndrome de Asperger, um tipo de autismo, criaram confusão. Muitas crianças diagnosticadas com o transtorno ficarem com medo de voltar à escola e serem tratadas como potenciais assassinas depois de assistir ao programa.
As críticas à psicóloga ganharam destaque nas redes sociais. E Betty Monteiro (como ela assina) decidiu divulgar uma carta de esclarecimento sobre o ocorrido no Facebook, reproduzida na íntegra abaixo:

Em relação à minha participação no programa Domingão do Faustão, no quadro Divã do Faustão, no último domingo, dia 16 de dezembro, gostaria de fazer alguns esclarecimentos:

- Em primeiro lugar, quero me desculpar se, de alguma forma, minhas palavras feriram quem quer que seja, pessoa ou entidade. Não foi minha intenção. Meu objetivo, como profissional e colaboradora do quadro, era discorrer sobre questões comportamentais, ajudando as pessoas.

- As declarações a respeito do caso de Connecticut foram genéricas, feitas a partir das poucas e desencontradas informações que circulavam no domingo sobre o que aconteceu nos Estados Unidos. Em nenhum momento tive a intenção de fazer um diagnóstico. Tampouco afirmei que o assassino fosse portador da Síndrome de Asperger, tendo citado a doença com base nas informações publicadas sobre o caso.
- Os inúmeros e-mails que recebi, além de mensagens publicadas em minha fanpage, sugerem que eu comparei autistas a psicopatas. Isso não é verdade. Falo dos dois temas de forma distinta. Depois de falar da Síndrome de Asperger, minha fala centrou-se genericamente nas características da psicopatia, indicando alguns sinais que pudessem servir de alerta aos pais, sempre com o intuito de prevenir e de estimular a busca do melhor diagnóstico. Sou psicóloga há mais de 20 anos, tenho como princípio a ética e o respeito. Jamais faria acusações levianas que incitassem o público a se voltar contra autistas.

- Se um mal entendido se instaurou a partir das minhas declarações, novamente me desculpo. Mas ressalto que isso não pode servir de motivo para me atacarem. Li todas as críticas e respeito as manifestações democráticas e construtivas, mas não posso concordar com o tom de algumas delas. Sou uma pessoa de bem, que procura fazer o bem.

- Por fim, gostaria de agradecer a todas as manifestações de apoio.

Elizabeth Monteiro

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