Secretário de Desenvolvimento Social conheceu a entidade ao lado da secretária
dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella
São Paulo, 07 de fevereiro de
2013
O secretário de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia esteve
hoje no Centro Pró Autista, entidade criada há 14 anos pelo neuropsiquiatra,
Wanderley Manoel Rodriguez. A secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
Linamara Battistella também compareceu ao encontro.
Os dois secretários visitaram a entidade e
conheceram o atendimento desenvolvido para os pacientes. “Já tínhamos um grupo
de trabalho entre o Desenvolvimento Social e Pessoa com Deficiência. Agora
estamos com a oportunidade de atuar no projeto do Centro Pró Autista”, disse
Rodrigo Garcia.
O Centro atende hoje 145 pacientes. “Antigamente
o diagnóstico de autismo era genérico: deficiência mental. Hoje temos pacientes
que trabalham e estão totalmente inseridos na sociedade”, explicou Rodriguez.
Segundo ele, a entidade tem um convênio com o Senai para capacitação dos
usuários. “Dos 25 que fizeram o último curso, cinco já estão trabalhando”.
A diretora técnica do Centro, Maria Clara Nassif,
acrescentou que o trabalho com os pacientes vai além do atendimento médico
multidisciplinar. “O acesso aos meios culturais é muito explorado por nós como
ferramenta de inclusão social do autista”.
“A discussão do tema autismo ainda é muito
difícil. Falta conhecimento e dados. Se não fosse o movimento das famílias e das
entidades estaríamos sem base. Temos que aproveitar a experiência desenvolvida
por vocês para disseminar na rede estadual”, disse Linamara.
Um dos entraves da entidade para ampliar o
atendimento é ter uma sede própria. Hoje o Centro funciona em um sobrado alugado
na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, ao custo mensal de R$ 7 mil. “Nós
tínhamos a posse precária de uma área de 3 mil m² ao lado da estação Conceição
do Metrô, mas perdemos o direito de uso”, contou Rodriguez.
O secretário Rodrigo Garcia disse que o Estado
possui áreas de desapropriações que podem ser de interesse da entidade. “Podemos
levantar essa lista e iniciar uma negociação”.
Rodrigo acrescentou ainda que a mobilização da
entidade e familiares sobre a questão do autismo é importante. “A sociedade só
entenderá que o autismo não é um beco sem saída quando conhecer os resultados
que pudemos ver aqui”.
Ana Trigo
Fotos: Danielle Teixeira
Ana Trigo
Fotos: Danielle Teixeira
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